ABRUPTO

6.8.14


O NAVIO FANTASMA: O BANCO DE PORTUGAL AO SERVIÇO DA "NOVA POLÍTICA" DO GOVERNO

Com o entusiasmo do propagandista, Poiares Maduro referia-se à "solução" encontrada para o BES como um exemplo da "nova política" que o governo PSD-CDS tinha trazido à vida pública portuguesa. Ora, eu pensava que a "solução" tinha tido origem em decisões do Banco de Portugal, dotado de autonomia face ao governo, quando muito contando com o suporte do Ministério das Finanças para disponibilizar o tal dinheiro "que não é dos contribuintes" e que não é público, nem privado. 

Bem sei que considerações institucionais  não estão na moda, mas o facto do Banco de Portugal funcionar como um instrumento directo do governo, actuando como uma espécie de Ministério das Finanças para a banca, executando uma "política" governamental, põe em causa a autonomia da instituição. E a verdade é que esta crise só veio confirmar aquilo que se tinha visto nos últimos anos sob responsabilidade do Governador Carlos Costa, a proximidade excessiva e a colagem da actuação do Banco em relação ao governo, com sérias consequências para a autonomia pressuposta do banco central

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© José Pacheco Pereira
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