ABRUPTO

19.7.13


 

 CAOS IRREVOGÁVEL OU ORDEM REVOGÁVEL?


A proposta do Presidente transporta uma forma, um instrumento, um desejo, um objectivo e alguns (poucos) meios. É das propostas políticas mais abertas, ou seja, pode dar resultados muito diferentes, e é uma excepção no extremo controlismo em que vive a vida política portuguesa. É arriscada demais para não ter tido algum suporte em compromissos prévios, que o presidente fez questão de lembrar quando se “surpreendeu” com a “surpresa” dos partidos face à sua intervenção. 

Como de costume, tudo o que é importante, os portugueses não tem direito de saber. Mas, mesmo assim, é uma proposta excepcional, vinda de quem menos parecia ser capaz de sair do terreno sólido da previsibilidade. No entanto, volto atrás, podemos não saber o que se está a passar.

 A proposta presidencial, porém, assenta numa contradição de fundo: pretende ter como objectivo um acordo tripartidário a médio prazo, ou seja desbloquear a actual situação política e, ao mesmo tempo, recusa o único meio possível de conseguir com eficácia esse desbloqueamento, ou seja, fazer eleições antecipadas. 

 Vamos ver no que dá.

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© José Pacheco Pereira
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